Isso é uma contradição! Como se pode gerir o destino? Ainda mais quando se trata de gestão financeira?

Simplesmente não se pode.

Contudo, a rotina de gestão financeira das empresas é caracterizada pelo desespero dos gestores em resolver problemas imediatos. Será que ocorre alguma dessas situações em sua empresa?

-  Procurar recursos para pagar as contas dos próximos dias

-  Negociar com fornecedor para pagar o título sem multa e juros

-  Transferir fundos de uma conta corrente à outra

-  Tomar dinheiro emprestado no banco

-  Cobrar cliente inadimplente porque precisa imediatamente de recursos, e várias outras peculiaridades

Mesmo quando a empresa possui recebimentos maiores que os gastos, tem-se a impressão de que há desperdícios e de que os recursos poderiam ser melhor aproveitados se houvesse mais organização.

Ora, isso não é gestão financeira, sequer podemos chamar essa rotina de apagar incêndios de gestão. Na verdade, as empresas ficam praticamente à mercê do mercado numa luta diária para que as contas sejam pagas. Essa é uma posição que mais parece a de aceitar o destino do que de comandar os resultados da empresa.

Gestão implica planejamento, organização, direção e controle. Essas quatro ações estão em qualquer livro básico de Administração. Então como fazer realmente Gestão Financeira?

Primeiramente trabalhe principalmente com o caixa da empresa. Os conceitos contábeis de receita, despesa, lucro e prejuízo não são os aspectos que permitem o crescimento da empresa, o caixa sim.

A principal ferramenta a usar na gestão financeira é a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) pelo método direto, ou seja, com regime de caixa.

Agrupe as contas de entradas e saídas de valores em Operacionais, Investimentos e Financiamentos. A construção do Plano de Contas de Tesouraria deve seguir a lógica econômica de remunerar os meios de produção da empresa.

Após construída a ferramenta, a gestão financeira em etapas:

a) Planejamento

O planejamento dos fluxos financeiros começa com a projeção das entradas e saídas de caixa. Procure inserir na Demonstração do Fluxo de Caixa todas as movimentações de entradas e saídas conforme observadas nos últimos meses. Calcular as médias dos valores já é um bom começo.

Em seguida, insira os projetos de expansão da empresa para o próximo ano. A toda empresa é mandatório possuir projetos de crescimento no mercado, seja com a abertura de filiais, desenvolvimento de novo produto ou treinamento do pessoal.

Procure identificar as fontes de financiamento mais adequadas a cada projeto de investimento e também as insira na Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC).

b) Organização

Uma vez estabelecido como se pretende o futuro da empresa, é hora de buscar recursos necessários para suprir as demandas futuras e assim realizar projetos de investimento, de expansão.

c) Direção

Uma vez inseridas as entradas e saídas diárias de caixa e organizados os insumos necessários para atingir os objetivos estabelecidos, o passo seguinte é agir.

d) Controle Durante a execução do planejamento ocorrem situações não previstas e oportunidades inesperadas que afastam os resultados financeiros daquilo que foi planejado. É normal que aconteça. O controle serve para ajustar a ação ou o próprio planejamento.

Se com todo o planejamento técnico, as finanças de uma empresa ainda apresentam surpresas ao longo do caminho, sem uma verdadeira gestão financeira a empresa fica à deriva no mercado.

A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é o instrumento pelo qual o gestor cumpre os passos básicos da Administração. Se não for assim, a empresa continuará a ser vítima do acaso e dificilmente continuará a existir em um mercado cada vez mais competitivo.

Marcos Sarmento Melo, Mestre

Valorum Gestão Empresarial

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