Sem informação não há decisão correta para ser mais exato, a não ser que por sorte. Um gestor financeiro precisa confiar em dados precisos e variados para tomar corretamente as decisões que aumentarão o resultado da empresa.
Aprende-se nas escolas de gestão que o responsável financeiro pela empresa precisa acompanhar de perto os números do balancete de verificação, da demonstração de resultado do exercício e dos índices de rentabilidade, liquidez, atividade e de endividamento que a temática análise de balanço proporciona.
Está correto, é indispensável ter à mão tais indicadores para acompanhar a performance da operação. Contudo, por que apesar de a análise de balanço estar à disposição dos gestores seu uso é tão limitado?
Dificuldades na consolidação de dados
A Valorum presta consultoria financeira há mais de dez anos e a experiência acumulada na convivência com inúmeros gestores é que o retrato formado pelos dados tradicionais academicamente recomendados não são suficientes para dar segurança às decisões.
Não obstante a relevância da informação contábil disponível, raros são os casos de gestores que a usa sistematicamente para conduzir a empresa. O principal motivo alegado é que os dados formais contabilizados são difíceis de serem tratados para formar uma imagem límpida do desempenho atual da empresa e sua tendência de comportamento.
Há de se acrescentar que a maioria dos sistemas de gestão financeira não oferece já instalado o módulo para os cálculos dos índices para análise vertical e horizontal para fins de uso na gestão financeira cotidiana. Ainda que o gestor tenha esses dados à mão, a queixa mais recorrente é que eles mostram somente o passado da empresa.
Possíveis razões do déficit de informações gerenciais
As causas relatadas pelos gestores para explicar a insuficiência dos dados contábeis para gerir a empresa repousam nos objetivos a serem atendidos quando historicamente as práticas contábeis foram criadas. Os procedimentos para se registrar o patrimônio e suas alterações no decorrer do tempo foram propostas há mais de quinhentos anos.
No século XIX, com o surgimento dos Estados Nacionais organizados na Europa e das grandes corporações após a Revolução Industrial, seria natural absorver as eficientes práticas há muito já existentes para padronizar a legislação de incidência tributária e de publicação de informação para as recém criadas bolsas de valores.
O objetivo para a geração da informação oficial não é propriamente o de fornecer ao gestor um painel de visualização para o desempenho financeiro da empresa, mas antes o de atender a uma necessidade do Estado em tributar com equidade e de uniformizar a informação repassada pelas empresas negociadas no mercado de capitais aos investidores.
Os meios acadêmicos continuavam a formar profissionais treinados a reconhecer o que pudessem quanto à situação financeira dando-se diversos tratamentos aos dados contábeis para municiar a direção das empresas com informação para embasamento de decisões.
As empresas operavam com alguma segurança usando os demonstrativos da contabilidade gerencial por um grande período, até o momento em que o ambiente em volta começou a mudar muito rapidamente.
A dinâmica do mercado acelerada pela globalização das últimas décadas e caracterizada por um volume recorde de bens, serviços e informação trocados no mundo todo, tornaram aqueles dados financeiros tradicionais inadequados para alimentar o gestor nas tomadas de decisões.
A necessidade de se conseguir enxergar as condições financeiras e para onde a empresa está se dirigindo foi o principal motivo para se criar um outro ambiente de dados à parte do arcabouço formal contábil e regrado.
Nesse ambiente, se pode gerar informação a mais representativa possível do comportamento financeiro da empresa de acordo com a lógica econômica de alocação dos meios de produção com as respectivas remunerações pelo seu uso.
Afinal é disso o que qualquer organização se constitui, o de movimentar meios de produção: capital, terra e trabalho, para obter a remuneração pertinente: lucro, aluguel e salário.
O sucesso da empresa está em conseguir melhor alocar recursos antes esparsos para criar valor por meio de um produto ou serviço. O ambiente de dados que representar essa lógica é de especial importância para o gestor dispor de informação para tomar decisões mais eficazes.
Mas, afinal, qual o ambiente de dados ideal?
O acirramento da concorrência proveniente de variadas regiões do mundo e o fluxo de informação em volumes sem precedentes geraram a necessidade de as empresas disporem de um conjunto de dados mais representativos da lógica econômica na qual a operação está inserida.
O mercado muda muito rápido e a informação para embasar a decisão precisa ser mais precisa, mais facilmente ao alcance para rápida interpretação e capaz de melhor clarear o que deve acontecer no futuro.
A necessidade de informação foi a indutora para a criação de um novo ambiente no qual os dados podem ser gerados para melhor representar a lógica econômica de qualquer organização.
Nesse novo ambiente de informação, proposto pelo Método Valorum por meio dos serviços de consultoria financeira, há total liberdade para se melhor compreender como os capitais empregados nos recursos materiais, humanos e de espaço físico são remunerados e em que tempo.
O dado é gerado pelo elemento mais simples da administração financeira, o lançamento de entrada ou saída do caixa da empresa, seja pela conta bancária ou em dinheiro. Uma das grandes dificuldades para se compreender os resultados tradicionais de lucro, prejuízo ou EBITDA, por exemplo, está na forma abstrata como esses números são formados.
Na verdade, tratam-se mais de conceitos convencionalmente acordados do que propriamente objetos reais e facilmente verificáveis. O fluxo de caixa, por seu turno, pode ser constatado pelo extrato bancário ou por uma cédula de dinheiro na mão. O valor realmente entrou ou saiu do caixa da empresa e não há o que contestar.
Para formar o novo ambiente de informação para tomada de decisão é preciso criar a estrutura para que os eventos de entrada e saída sejam registrados.
A primeira providência é criar um Plano de Contas de Tesouraria, independente e diferente do contábil, para receber os lançamentos de movimentação financeira de modo a espelhar os reais fluxos de valores pela empresa.
O Plano de Contas de Tesouraria é composto dentro de parâmetros propostos há mais de vinte anos com agrupamentos de fluxos operacionais, investimentos e de financiamentos, com contas criadas para estabelecer a finalidade das saídas e sua repercussão nas entradas de caixa.
O novo ambiente de informação financeira é construído registrando-se os movimentos de caixa nas contas apropriadas segundo critérios que demonstrem o fluxo da riqueza por entre a empresa.
Por exemplo, no caso de a empresa operar em imóvel próprio, há de se perceber que os recursos aplicados no espaço usado precisa ser remunerado por meio de aluguel. O aluguel é então registrado como saída em determinado dia do mês em uma conta e como entrada em outra conta pelo mesmo dia, tornando o fluxo líquido nulo. A operação, vedada pelas regras tradicionais, é o que na realidade está ocorrendo com os recursos da empresa mesmo que não se tenha a visualização do processo.
Além deste, há inúmeros exemplos de composição de registros a serem atendidos para representar a capacidade da empresa em gerar caixa com sua atividade principal e como os capitais atuam para cumprir essa função.
Agora que você já entende a importância de uma gestão de informações gerenciais consistentes, continue aprendendo sobre como lidar com imprevistos financeiros no seu negócio!